quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
F FOR FAKE
Para demonstrar a originalidade desta ideia copiada, auto-plagio-me de um rascunho de um trabalho realizado algures para a cadeira de Linguagem de encenação na ESTC: Se vulgarmente define-se a Cópia como o acto de reproduzir através de um original. Em oposição à cópia temos o “Original (lat. originalis) que existe desde a origem, primitivo derivado de oniri, nascer” (Morfaux, L 2009: 457). O “oposto de cópia, reprodução, aplica-se quer ao autor quer ao tipo primeiro que serve de modelo às cópias; ex: documentos originais;” (Morfaux, L 2009: 457).
Walter Benjamin sobre esta ideia de reprodutibilidade esclarece que por vários motivos da reprodutibilidade da obra de arte, tais como os: “alunos para praticarem a arte, por mestre para divulgação das obras e, finalmente, por terceiros ávidos de lucro” (Benjamin 1992: 75) levou a que a obra de arte perde-se a sua Aura, a sua autenticidade, isto “Porque a aura está ligada ao aqui e agora. Dela não existe cópia” (Benjamin 1992: 92).
No filme “F for Fake” de Orson Welles, é colocada a questão: poderá a cópia ser melhor que o original? Ou seja, na arte que valor tem a cópia e o original. Benjamin esclarece que se a reprodução manual que, em regra geral, é considerada uma falsificação, isto não sucede relativamente à reprodução técnica” (Benjamin 1992: 78), como é o caso da Fotografia. Que pode mesmo “colocar o original em situações que nem o próprio consegue atingir” (Benjamin 1992: 78). E no Teatro? E neste Colectivo? Copiamos ou pesquisamos?
F for FAKE
http://vimeo.com/46702565
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
CÓPIA - Colectivo de Pesquisa Teatral
"É
PRECISO TORNAR A CÓPIA UMA OBRA DE ARTE"
B.BRECHT
B.BRECHT
Numa
conferência de Sérgio de Carvalho da Companhia do Latão, na Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra em 2012, este encenador falava do método vampiresco
de Bertold Brecht, (copiado mais tarde por Heiner Müller) e da apropriação
de textos clássicos e cruzamento com os seus originais, criando uma nova camada
de leitura e pensamento, ou seja, copiar para ultrapassar o original!
A ideia do projeto CÓPIA nasce da minha ida para
Londres, em 2013 (de Janeiro a Julho) estudar no 2º ano do Advanced Course da
LISPA enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. E da vontade de criar
um grupo de pesquisa internacional de investigação e partilha de métodos de
criação e formação com vários elementos (cenógrafos, dramaturgos, teóricos,
actores, etc.) que são profissionais de Teatro, mas que continuam a investir na
formação e investigação artística quer seja no território nacional quer fora do
país.
O período de pesquisa irá iniciar-se
entre Setembro de 2013 a fevereiro de 2014, que pretende chegar a 3
cidades em regime de residência artística e abrir essa pesquisa e partilha
de métodos à comunidade profissional e estudantes de teatro de cada cidade e
áreas limítrofes sob a forma de workshop, bem como à comunidade em geral numa sessão
de masterclass, por cada cidade, conduzidas pelos coordenadores deste projeto.
Iniciaremos
esta pesquisa com o método Lecoq, que será a base para criar um denominador
comum entre um grupo de trabalho pois permite esbater fronteiras disciplinares
através do jogo e horizontalizar o contributo de cada um dos colaboradores de
forma a articular a prática de cada criador. A missão não é, apenas, fazer
Copy and Paste, mas adquirir métodos de trabalho dentro e fora do País, e
disseminá-los de uma forma horizontal entre pares, lançando bases para um
projeto assente na pesquisa cénica e de criação. Neste momento este projeto é
um embrião para o que se pode seguir no futuro em vários espaços e a diferentes
tempos.
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